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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pearl Jam Baby

Eu tinha que postar esse vídeo..essa menininha é muito legal! Uma fofa de dois aninhos cantando Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town do Pearl Jam


I'm still alive

Pois é...tô viva! Bem viva! E no dia 04 de novembro desse ano eu me senti ainda mais viva! Nesse dia em que as pessoas ansiosas andavam apressadas ao redor do estádio, para encontrar os amigos, comprar uma cerveja ou simplesmente entrar logo naquele lugar onde tudo aconteceu...

Engraçado como a ficha só começa a cair quando você está chegando perto, mesmo com o ingresso no mão, a ficha só cai mesmo quando você vê a multidão, as camisetas com o nome da banda, os carros no congestionamento com o último cd tocando bem alto, porque ninguém queria ficar calado naquela noite, todo mundo queria cantar junto. Mas é só quando você passa pelo portão e pelas revistas da polícia, que você desce a rampa e avista o palco é que o coração...pára. A respiração ofegante, a alegria, o entusiasmo de uma criança de 6 anos ganhando a tão sonhada bicicleta de Natal. Foi assim mesmo que eu me senti.

E quando eles começaram a tocar...quando eles começaram a tocar...eu voltei. Voltei no tempo..pra 2005 no Pacaembú...voltei pra 93 na minha adolescência , com camisa de flanela xadrez roubada do meu avô amarrada na cintura pra ficar parecida com eles. Com eles e todos os grunges...sim, eu vi a cena grunge desde o começo e vivi cada segundo desde então com essa trilha sonora de guitarras destorcidas, pesadas, letras confusas, sofridas, bonitas e verdadeiras. Eu vi o auge do grunge.

Mas naquela hora, às 9 e pouco da noite, o auge era aquele momento. De novo. O auge era aquele show. O auge era eu e todos que estavam lá, cantando muito alto cada música, querendo fazer bonito, retribuir aquele dia, esquecendo do cansaço e da dor física, agradecendo por eles estarem tocando ali pra gente. Cada um de nós era o melhor e maior fã naquela noite.

A imagem deles tocando ali na nossa frente era tão familiar, tão tranquilo que era como se eu estivesse olhando para um bando de amigos beberrões. Ao mesmo tempo era assustador por não parecer ser real, porque eu não acreditava que eu estava ali com eles, ouvindo as músicas que eu sempre ouvi a vida toda. Eu tive mais noção da realidade quando tocaram Yellow Ledbetter, porque fui tomada de uma sensação inexplicável e um incontrolável choro desabou de dentro de mim. Eu chorei a música toda e cantei a música toda. E foi assim, tendo consciência de que estava acontecendo , mas não acreditando e desejando que aquilo nunca acabasse, que de repente...acabou. E eles se foram...eu fiquei triste porque o show tinha acabado, mas me senti tão viva, tão de alma lavada, porque eu vi, eu vivi, eu estava lá. O show tinha acabado, mas muita coisa boa tinha nascido...as lembranças que carrego na mente e no coração vão ficar pra sempre e eu sei que posso voltar naquele dia sempre que eu quiser, é só fechar os olhos e...opa!Peraí! eles estão voltando...Pearl Jam!!!

Uma homenagem à capa do Ten